Por Marcela Kawauti Economista-chefe do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil)
Não é novidade falar sobre a importância da educação financeira. Organizar o orçamento, guardar dinheiro, pensar no futuro, tudo isso é essencial, mas não suficiente. De acordo com uma pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), cerca de 65% dos brasileiros não têm o hábito de poupar e, entre quem poupa, o que se vê é uma clara preferência pela poupança. Não que ela seja ruim, pelo contrário! Ela é prática, conhecida pela maior parte das pessoas e, principalmente, segura! Mas há outros tipos de investimento mais rentáveis.
Esse tema é tão importante que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) participou, no último mês, da Semana Mundial do Investidor, justamente para abrir espaço para a importância de falar sobre a melhor forma de investir. A conclusão é que o caminho para investir corretamente é longo, mas o rendimento obtido compensa os pequenos obstáculos. Além do esforço de organizar o orçamento para guardar dinheiro e do planejamento e disciplina para fazer isso com frequência, é preciso saber onde investir. A poupança é a primeira a ser lembrada, mas é importante ressaltar que a gama de investimentos é muito grande. Alguns, tão seguros quanto a poupança, mas com rendimento maior, inclusive, já são bem conhecidos.
Os fundos de investimentos, os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) e o Tesouro Direto têm sido indicados como ativos com pouco risco e rendimentos acima da poupança, especialmente quando se fala em períodos de um ano ou mais. Mas, quando há organização dos recursos, sabe-se que existem investimentos de curto, médio e longo prazo e que esses dois últimos possibilitam sofisticação. Isso quer dizer que, sem abandonar os investimentos seguros elencados anteriormente, há, inclusive, espaço para investir em ativos mais arrojados, como ações negociadas em bolsa de valores.
Mas vale sempre a ressalva: é necessário estudar e entender muito bem os tipos de investimento antes de decidir pela diversificação. E você? Já parou para pensar como vai sua vida financeira pessoal e seus investimentos? Indo além, não se esqueça de aplicar os bons princípios de educação financeira na sua empresa.